quinta-feira, 7 de julho de 2011

Messi não rende na seleção, e culpa vai para o time

Se antes da Copa América o grande assunto na Argentina era por que o gigante River Plate foi parar na segunda divisão, agora a questão é por que o melhor jogador do planeta não rende na seleção como no Barcelona.


O técnico Sergio Batista entrou em poucos dias numa contradição que o fragilizou à frente da equipe. Antes da Copa América o discurso do treinador era: "A Argentina pode jogar como o Barcelona, tem jogadores para isso".


"Quero que as coisas saiam muito bem. Vamos jogar diante de nossa torcida", afirmou Messi à revista oficial da AFA, a federação argentina que tanto o apoia.


Após o frustrante empate por 1 a 1 com a Bolívia, partida em que Messi foi discreto, Batista mudou radicalmente sua fala: "É muito difícil jogar como o Barcelona. Vamos jogar no nosso estilo".


Messi, que nesta temporada fez 53 gols pelo Barcelona, tem jogado como um tipo de centroavante. Mas, na seleção, não atuou assim.


"Messi nunca joga mal. Quem joga mal são os que o acompanham", disse Julio Grondona, presidente da AFA, após as críticas duras depois do 1 a 1 com a Bolívia.


"É o máximo. Parece impossível jogar melhor. É preciso armar uma seleção que o respalde, pois ele [Messi] te faz ganhar", disse Alfio Basile, técnico que ganhou as edições de 1991 e de 1993 da Copa América com a Argentina, as últimas do país, na revista da AFA para o torneio.


Nela, Messi tem mais destaque que outros atletas. Dá entrevista, serve de prova da excelência do Instituto Médico de Alta Tecnologia e faz propaganda da Adidas.


Na entrevista, Messi admite sua frustração por não vencer na seleção principal.


"Trocaria todos os meus títulos pessoais para ganhar um Mundial com a Argentina. Falta muito para o Brasil-2014, e a Copa América vai servir nesse sentido", afirmou o atacante, pondo ainda mais pressão em si mesmo.


Grondona, na sua defesa do melhor do mundo, disse que "ninguém mete pressão no Messi". Depois, minimizou e afirmou que tratou mais de reproduzir pensamentos de Josep Guardiola, o comandante do Barcelona.


O treinador espanhol não foi esquecido na revista da AFA, o que só aumentou as expectativas oficiais de que a Argentina pudesse jogar como o vistoso clube catalão.


"É o melhor jogador que vi e que verei. Todos os meus jogadores são bons, mas ele [Messi] nos faz dar um salto de qualidade decisivo", disse Guardiola na referida edição.
Os programas esportivos na Argentina debatem por que Messi não dá esse salto de qualidade pela Argentina e, agora, discutem se são mesmo bons os jogadores que acompanham o astro do Barcelona na seleção.



Amanhã, a Argentina volta a jogar, contra a Colômbia.

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